O poder de uma gelada

Há quem duvide que mulher gosta de cerveja. E ainda digo mais: há quem duvide do poder que ela tem. No momento, falo do poder da cerveja.

Não tem coisa melhor que encontrar as amigas no sábado à noite ou até mesmo numa tarde de domingo, com o sol cozinhando. Ai ela chega, às vezes acompanhada de um garçom bonitinho ou um tiozinho simpático. Era chegada a hora de encontrar a loira gelada. A loira que acompanha os risos, os papos de amores e desamores. A loira que ajuda a reclamar do chefe, rir da periguete que encontramos no elevador, consolar os quilinhos a mais e compensar as atenções de menos. E falar do gatinho da mesa ao lado, da calça justa, das pernas, do peitoral. Afinal, falar do corpo alheio não é exclusividade masculina.

Mas às vezes a loira vira morena. Escura, forte, imponente. E chega acompanhada dos amigos. E que amigos! Os tais Jose Cuervo, Johnny Walker e toda essa tropa. Algumas horas na companhia dessa turma e tá feita a festa. E tá enganado quem acha que a mulher bebe pra ficar bêbada. Que bebe quando leva um fora.

Tem coisa melhor que botar aquele jeans confortável, o tênis amigo, o vestidinho rodado, sentar na mesa de um bar e torcer pelo time do coração? E rir com as amigas. E rir como se não houvesse amanhã. Se isso é considerado sexy no mundo masculino, eu não sei. E também não me importo.

É a chave de abertura pra uma semana punk que tá pra começar e a comemoração por ter sobrevivido à loucura da vida. É pra matar a saudade, lembrar que estamos vivas, desculpa pra ver gente e até mesmo ficarmos alteradas, só porque cansamos de sermos sempre certinhas e boas moças.

A cervejinha do final de semana é libertadora.

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